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Tem início no próximo dia 29 de novembro, na Cinemateca Distrital de Bogotá, a 3ª Semana de Cinema Português, produzida e programada pela Associação Cultural Vaivém com o apoio do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, da Embaixada de Portugal em Bogotá, da Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa e do Malba (Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires).

É a terceira edição consecutiva deste espaço dedicado exclusivamente ao cinema luso em Bogotá, graças ao apoio do público e da crítica a uma das mais importantes indústrias cinematográficas mundiais da atualidade. 

Pensar no panorama de filmes que este ano se apresenta é, por um lado, reconhecer o estigma da crise que Portugal sofreu nas suas múltiplas formas; por outro, identificar um tipo de poética de resistência que, em primeiro plano, realça o humanismo.

Quando se pensava que o horizonte português não encontraria facilmente um sucessor para o fenómeno “As Mil e Uma Noites”, a trilogia de Miguel Gomes, aparece a aventura coletiva “A Fábrica de Nada”, de Pedro Pinho, estreada mundialmente no último Festival de Cinema, onde conquistou o prémio da crítica Fipresci e o aplauso unânime do público. Está-se perante um filme que mistura filosofia política e... cinema musical. Documenta e ficciona um processo de transformação social, uma rebelião que ensaia respostas ao capitalismo global dominante e que transcende as questões utópicas para falar de conceitos paradigmáticos fundacionais, como o futuro do trabalho. Obra realizada, escrita e produzida por uma estrutura comunitária: um realizador, quatro argumentistas e dois produtores, que compõem uma das mais promissoras plataformas portuguesas, a Terratreme.

Nesta edição destaca-se ainda o filme “Cidade” de Leonor Noivo, João Miller, Pedro Pinho e Filipa Reis, o piloto de uma série que integra um programa mais amplo e muito relevante, desenvolvido pela Fundação Calouste Gulbenkian, intitulado PARTIS - Práticas Artística para a Inclusão Social, que apoia projetos que priorizem a arte como meio de intervenção social, junto a grupos em situação de vulnerabilidade ou exclusão.

Outros destaques da programação vão para “Colo”, de Teresa Villaverde, “São Jorge”, de Marco Martins, o díptico de João Canijo “Diário das Beiras” e “Portugal, Um Dia de Cada Vez”, “O Ornitólogo” de João Pedro Rodrigues, “Correspondências” e “A15ª Pedra”, de Rita Azevedo Gomes (o primeiro sobre a correspondência entre Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, e o segundo, um diálogo entre o realizador Manoel de Oliveira e o intelectual João Bénard da Costa), “O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu”, de João Botelho, “João Bénard da Costa: Outros amarão as coisas que eu amei” de Manuel Mozos, e finamente para a retrospetiva de curtas-metragens de Salomé Lamas. 

Mais informações sobre programação em: www.vaivem.com.ar ou www.facebook.com/semanacineportugues. Contacto: info@vaivem.com.ar

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 29 de novembro

1.00 pm - São Jorge, Marco Martins
3.00 pm - A 15ª Pedra, Rita Azevedo Gomes
5.00 pm - Cidade, Filipa Reis, João Miller Guerra, Pedro Pinho, Leonor Noivo
7.00 pm - João Bénard da Costa – Outros Amarão as Coisas que eu Amei, Manuel Mozos

Sexta-feira, 30 de novembro

1.00 pm - Colo, Teresa Villaverde
3.30 pm - A Fábrica de nada, Pedro Pinho

Sábado, 1 de dezembro

3.00 pm - O Ornitólogo, João Pedro Rodrigues
5.15 pm - Retrospectiva – Curtas – Salomé Lamas

Domingo, 2 de dezembro

1:00 pm - Diário das Beiras, João Canijo
3:00 pm - O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu, João Botelho
5:00 pm - Correspondências, Rita Azevedo Gomes

Segunda-feira, 3 de dezembro

12.30 pm - Projeção de Où gît votre sourire enfoui

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